As redes móveis de quinta geração (Redes 5G) vão inovar de várias maneiras. A nova infraestrutura aumentará a capacidade de transmissão, ao mesmo tempo que reduzirá a latência do envio dados e imagens. Há, porém, uma preocupação em relação à energia, pois essa rede mais potente vai demandar maior consumo e pode impactar diretamente no desempenho das operadoras de telecomunicações. A solução é o consumo inteligente e quem aposta nesse caminho é a sueca Ericsson. A empresa é uma das principais na implantação das redes de 5G e editou um relatório detalhado sobre o tema, intitulado Breaking the Energy Curve.
Publicado em 2020, o documento destaca que o custo de energia para executar as redes móveis de telecomunicações atuais é de US$ 25 bilhões por ano. Na avaliação da Ericsson, os dados mostram – tanto do ponto de vista do custo quanto da pegada de carbono – que a energia é um dos maiores desafios do setor.
O relatório destaca que se o 5G for implantado da mesma forma que as gerações anteriores, o consumo de energia nas redes móveis aumentará drasticamente para atender às crescentes demandas de tráfego que a quinta geração vai agregar. A abordagem ideal seria em nível de rede e de forma integrada, reduzindo o consumo e as emissões de carbono.
De acordo com a revista RTI, especializada em telecomunicações, o custo atual de energia representa 10% das despesas atuais de operação das companhias de telecomunicações. A publicação fez um resumo do relatório da Ericsson, destacando como a fabricante europeia orienta seus clientes.
As ações envolveriam recursos como a inteligência artificial para operação de sites, além da maior precisão na construção de estações rádio base (ERBs) e a adoção de softwares de economia de energia. O receituário levaria as operadoras a usar o mínimo de energia possível, ao mesmo tempo em que gerenciam o crescimento do tráfego de dados.
Redes 5G devem cobrir 65% da população mundial até 2025
E há razões para isso, pois a Ericsson avalia que o 5G chegará a ter 2,6 bilhões de assinantes até 2025, cobrindo até 65% da população do mundo e gerando 45% do tráfego total de dados móveis. Também é esperado que o tráfego móvel global total quadruplique até 2025, atingindo volumes de 160 exabytes (EB) por mês. Para atender o volume, as empresas vão precisar, entre outras ações, acrescentar os rádios 5G em suas estações rádio base e ampliar o número de antenas para os níveis de rua, usando os postes de energia. Esses são apenas dois exemplos de equipamentos de rede e a modernização deles faz parte da estratégia destacada pela Ericsson.
Complementarmente ao uso de novas tecnologias e de softwares especializados para reduzir o consumo de energia, a multinacional aponta que a Inteligência artificial (AI) deve ser cada vez mais adotada. Com mais informações, as operadoras podem operar a infraestrutura de forma mais racional e antecipar manutenções.
Os números da divisão brasileira da Ericsson, citadas na revista RTI, resumem os ganhos do uso da AI na prática: redução aproximada de 15% de custos operacionais relacionados à energia e de 15% nas visitas presenciais para avaliar a infraestrutura passiva. Outra redução é a de 30% em interrupções relacionadas à energia, se os recursos de AI forem acionados.
Fonte: Além da Energia – 29/07/2021
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