Transição energética acelerada demandará mais empregos

A transição energética pode resultar em um total de 100 milhões de empregos no setor global de energia até 2050, ante cerca de 58 milhões atualmente, caso haja uma adoção acelerada de renováveis, eletrificação e eficiência energética. Segundo novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), trata-se de 13 milhões de empregos a mais do que os previstos com base nos atuais planos energéticos e climáticos adotados pelos governos.

No cenário acelerado projetado pela Irena, a participação de renováveis na geração de eletricidade passaria de 25% em 2018 para 86% em 2050. Seguindo os planos atuais, essa participação seria de 55% no mesmo período. Em relação ao fornecimento de energia primária em 2050, através de uma transição energética acelerada, a parcela de renováveis poderia chegar a 65%, contra 35% de não renováveis. Já com base nos planos atuais, a parcela seria de 27%, ante 73% de não renováveis.

O  número de empregos em energias renováveis cresceria 64%, se realizado o cenário de uma transição energética mais acelerada, na comparação com os planos atuais, atingindo 42 milhões em 2050. A força de trabalho na área de energia solar seria a maior, com quase 19 milhões de empregos, seguida de bioenergia (14 milhões), eólica (6 milhões) e hidrelétrica (menos de 3 milhões). 

No setor de eficiência energética, o aumento seria de 21%, atingindo 21 milhões de empregos em 2050. Na área de soluções de flexibilidade para rede elétrica, o aumento será de 8%, com 14,5 milhões. 

Já os empregos no setor de combustíveis fósseis e energia nuclear poderão diminuir 27% e 42%, chegando a 21,7 milhões e a 400 mil, respectivamente. Contudo, a agência ressalta que o volume de novos empregos esperado em um cenário de transição energética consistente com os compromissos do Acordo de Paris supera o número de empregos que serão perdidos nas indústrias de combustíveis fósseis.

A Ásia poderá corresponder a mais de 60% dos empregos no setor global de energia em 2050, as Américas por 13% e a Europa por 12%. Em relação aos empregos na área de renováveis, a projeção é que a Ásia corresponda a cerca de 64%, as Américas a 15% e a Europa a 10%.

Fonte: Energia Hoje – Thais Custodio – 27/02/2020

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